Venábulos dos sentidos

terça-feira, novembro 28, 2006

Quantos... nadas!

Quantos sois já morreram
na infinitude dos dias

Quantas vagas assaltaram
alvas bermas e as penedias

Quantas promessas se fundiram
na promessa do além

Quantos sonhos se viram
nos olhos de outro alguém

Hoje, não existem números
dos inúmeros loucos desejos

tragados entre queixumes
desculpas e fobias de beijos

quinta-feira, novembro 09, 2006

Podem vir...

Este sol
brilhando
belo, luzidio
Esta cálida
brisa que me abraça
penetra-me pela janela
toma conta do meu quarto
e de mim, quem me toma
assim, tão puramente desejado

Só quem ama, vê na luz
o rosto do seu amado

E podem vir as luas
as noites e seus fados
que o amante fica
olhando as vazias ruas
ansiando esses passos.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Tudo e nada

Um dia fui estrela
depois desejaste
possuir-me cometa
e daí floresceu
limpida a janela
de um belo planeta.

Hoje, sou apenas
a gota que escorre
da vidraça singela
de meu rosto.