Venábulos dos sentidos

segunda-feira, abril 24, 2006

E o sonho acordou
renovando os meus anseios

Espero-te ansioso
como a areia da praia
espera os longos e ternos
abraços do mar

e cálidamente
te sinto
já no aconchego
da areia

quarta-feira, abril 19, 2006

Segue a trilha do teu sonho
não vires o rosto à adversidade
simples escolhos de todos os caminhos
analisa-os e aprende com eles
guarda-os no bolso
quem sabe ainda te servirão
para um dia dar
como lição

quinta-feira, abril 13, 2006

Ofereço
pérolas
nem sorris
ofereço
diamantes
não os vês
dou-te
o mundo
na palavra
nem ouves
abatido
arranco uma flor
e tu
sorridente
olhar brilhante
fixos nos meus
escutas o meu silêncio
e toda tu se me abriste
numa oferta incondicional

quarta-feira, abril 12, 2006

Renascido

Renasço
pela brisa
matinal
oferta do mundo
em cada olhar
ou pensamento
que me alcança
renascente

terça-feira, abril 11, 2006

Como sonho
envolto de névoa
assim te reparo
através do cristal
que separa
o teu rosto
reflexão da
minha íris

sábado, abril 08, 2006

Cortinas mareadas

Vi o astro rei
retirar-se
para os seus
reais aposentos
correu as cortinas
do mar salgado
e sem um adeus
foi-se deitar

como tu...
continua
inflexível
nos gestos
repetidos

sexta-feira, abril 07, 2006

Espero-te

Quando quiseres...
Espero-te
Ansiosamente
Sonho-te,
Como se fosses
A minha alma pura
Abrangente
Por momentos
Indiferente
Nesta vã
Esperança
Que ainda sentes
A doçura
Dos beijos
Trocados

quinta-feira, abril 06, 2006

Enfim... aparentemente só!

Aparentemente
Só...

Como afinal...
Sempre estive!
Mesmo quando
Me beijavas
Prometias
Idolatravas
Nas palavras...
E esquecias!

Quanta ingenuidade!